Oi, gente!
Trecho escrito dia 11/02
Tem muito tempo que não passo por aqui e tampouco escrevo os meus desabafos... antigamente eu era mais “livro aberto” e contava praticamente tudo que rola na minha vida, mas com o passar do tempo comecei a me retrair e guardar para si todos os acontecimentos. Mas tem vezes que a gente fica tão sobrecarregado e cheio que precisa extravasar de alguma maneira. Antes eu contava para os amigos tudo que estava rolando, porém, fiquei mais distante e parei de comentar as coisas boas e principalmente as ruins também. Sei lá, meio que me sinto uma pessoa ruim, mesmo não sendo. São só momentos ruins que vem e demoram para passar, juntados com uma sequência de eventos que se a gente não tiver “jogo de cintura” e resiliência, acaba colocando tudo a perder. Eu, neste exato momento, não tenho vontade alguma de continuar vivendo, mas não vou cometer autoextermínio porque li uma vez num livro espírita que quando a gente tira a própria vida, vamos para um lugar pior e ficamos por lá até completar os dias que teríamos em vida na Terra (caso não tivéssemos interrompido aquela vida passada). Mas cada dia que passa, eu sempre peço a Deus, ao universo e até a morte para me levar o quanto antes, porque estou cansada de continuar aqui. Dia 11, fez um ano que meu cachorrinho faleceu vítima da parvovirose, nesse dia, discuti com minha mãe mais uma vez e estamos sem nos falar direito. Saí mais tarde para o trabalho e minha mãe me olhou, depois mirou o relógio e abaixou a cabeça, meio que me julgando por (nas palavras dela) não ter responsabilidade e ser uma inconsequente. Sem contar que, acho que nunca contei por aqui, mas minha mãe tem alguns traços narcisistas que acabam comigo, ainda mais no meu momento mais frágil. Eu, desde o ano passado, trabalho de segunda a segunda, segunda a sexta no MP, sábado e domingo como freelancer (porque detesto ficar em casa e prefiro trabalhar e ganhar dinheiro do que ficar à toa dentro de casa, "alimentando" minhas crises de ansiedade e depressão). Mas o lado ruim de trabalhar sempre é que acabo ficando doente mentalmente, o estresse toma conta e aí parto para as coisas ruins como, bebidas alcoólicas ou energéticos. Acabo me retraindo e afastando as pessoas de mim, por essas atitudes, eu perdi muitas amizades que consideravam importantes e sofri muito pelas consequências. Me sinto em um abismo, como se eu pudesse gritar até as forças se exaurirem e ninguém pudesse me ouvir ou me ajudar. Por fora, pareço neutra, mas por dentro, estou em tormentas.
Hoje, dia 19/02, o dia não começou diferente, acordei 09:00, fiz hora para me arrumar ao trabalho e saí de casa depois de 12:00, com o sentimento vazio tomando conta de mim. Sinto que sou uma pessoa oca por dentro, detesto me sentir assim. Mesmo medicada, estão acontecendo um turbilhão de coisas, a maior parte delas são ruins (nada mudou também, mas piorou). Deixei de fazer muitas das coisas que eu gosto, o desânimo toma conta e, como sempre, afastei muita gente de mim. Na última vez que escrevi, mas não postei (alguns trechos acima), fiz desabafos muito íntimos, nas quais optei por apagar alguns e não publicar.
Não me envergonho de compartilhar meus momentos difíceis, pois assim consigo comprovar que todo o mundo tem problema também, independentemente de cor, classe social ou condições financeiras. Somos seres humanos e propícios a coisas boas e ruins. No meu caso, eu me questiono o porquê de estar aqui, qual o meu propósito nesse mundo. Eu odeio resolver problemas e a vida só me dá problemas para serem resolvidos. Quando me deparo com um dilema, aparecem vários outros que me deixam irritada, nervosa, com medo e chorosa. A vida adulta é tão ruim, que me faz sentir falta da minha infância, daqueles momentos em que eu não conhecia a maldade, era feliz apenas brincando, lendo um livrinho infantil de história legal, colorindo e desenhando.
Mas a realidade é outra e nos obriga a ser forte, a enfrentar aquele problema e se precaver para mais um obstáculo que possa surgir. O que devemos fazer? Seguir adiante, um passo de cada vez, respirar fundo, chorar, se for preciso e avante! Permita-se beber moderadamente (assim como eu faço), se o humor tiver ok, tire sarro da própria desgraça, pois o humor deixa as coisas um pouco leves. Depois coloque o cérebro para trabalhar e pense na melhor estratégia para sair daquela situação. A vida é como um jogo e os níveis de dificuldade vão aumentando cada vez mais. o "game over" não tem vez, permita-se perder aquele ciclo, logo mais a vitória vem, até porque, não é possível que ficaremos no mesmo nível eternamente. "Apanhamos" e depois avançamos.
Até a próxima, beijos.